LXXIV

“Por fora bela viola,
por dentro pão bolorento”.
Pão bolorento por fora e por dentro.
Perdi-me de mim há muito tempo.
Perdi-me no pré-conceito de mim:
agulha em palheiro,
areia em deserto,
perdi-me no vento.
Da mulher só sobrou um tiquinho,
de grande ficou o sofrimento.
Lamento!
Quero de volta a viola,
bela,
cheia de sentimento.