Lembrança,
evocação.
À mineira de sempre,
devoção.
Saudade doída em meu coração
das montanhas de Minas,
das ruelas estreitas,
roxo, quaresma.
Saudade do azul dos olhos daquele preto,
ouro de Santa Efigênia,
numa das curvas da rua Direita,
por entre as pedras de todos os caminhos.
Do cheiro de merenda,
avenida Afonso Pena,
pão quente com manteiga encharcado no café,
do céu de dezembro.
Saudade do burburinho do mercado,
dos cheiros de lingüiça frita e cachaça,
do chão úmido dos quintais de janeiro,
jabuticabeira,
bananada, bananeira,
queijo de Minas com goiabada cascão,
goiabeira.
Pura provocação,
pitangueira.
Saudade dos verbos da minha canção.