Como me dedicar,
como me dividir,
como compartilhar?
Se não reconheço o lugar,
se ainda pago condomínio e luz?
De que pedra lasquei,
de que tecido esfarpei,
de que telhado ruí?
Quantos anos dormi,
quantos caminhos errei,
quando enfim?
Caminho momentos,
caminhos difusos,
caminho tormentos.
Estradas vazias,
estada cansada,
entrar no nada.
Encruzilhadas que levam a lugar algum,
ou apenas ao centro da questão?
De todos os caminhos,
de todos os lugares do mundo,
eu só quero um,
só um.