LXVI

Quanta coisa eu penso,
mas nada me contém.
Preciso ter-me em verdade
e não em escolhas alheias.

Cria-me segura na dor.
Hoje sou de extremos,
vou do riso ao choro intenso,
já não sei o que convém.

Quanta coisa eu penso,
mas nada me contém.
A não ser memória e esperança.