XXI

O que move o homem é o desejo, objeto insaciável de prazer e dor.
Quando do prazer, ascende a outro desejo, infinitamente.
Quando da dor, ascende a outro desejo, infinitamente.
Tanto faz.
Em amor nunca se sabe se de prazer ou de dor. Afinal é desejo, desejo de amor!
Somos atraídos e, quando percebemos, já caímos em amor.
Risos e lágrimas fazem parte dessa queda. Não por pilhéria ou dor, mas por ser o amor tão extraordinariamente belo que não há como senti-lo sem expressar emoção.
Se o amor está em quem ama, fascinante! Se arrebata o ser amado, é magnífico!
Em amor não se questiona o dedicar-se, dividir-se, compartilhar, cuidar. É tudo um imenso prazer. Ou como encontrá-lo e reconhecê-lo, afinal é o nosso lar.
Dele, nem que em conseqüência de um breve momento de paixão, simultaneamente nascemos e somos sentenciados à morte e, mesmo assim, a cada instante, em qualquer lugar, sob qualquer circunstância, ele brota e floresce sem barganha.
Não há como vivê-lo sem abrir a alma, o espírito e a carne. É inebriante.
É o que faz com que nós, simples grãos no universo, nos transformemos em universo.
O amor é fantasia, inspiração, admiração e razão.
Você é a minha fantasia, minha inspiração, minha razão.
Como eu o admiro!
O meu amor por você é desde sempre, pra sempre, até o céu.
Obrigada por aceitá-lo.