XXXI

Sou.
Não porque “Jesus morreu por nós”,
não pela dor,
pelo amor.

Entrego a outra face,
as multifaces do meu calvário,
atributo facetário
do Santo fogo a me forjar.
Não pela dor,
pelo amor.

Entrego a alma branda,
componho um fabulário
extremamente apaixonado.
Verbalizo a rosa cheirosa,
de um perfume vermelho cálido,
da cor do sangue Dele.
Não uso escapulário.
Odeio roxo.
Sou!
Não pela dor,
pelo amor.

E o que eu não for,
daquilo que ainda faltar,
rogo por couraça e espada,
gana e garra
de a mim me lapidar.
Não rezo terço.
Não faço promessas.
Só peço perdão,
não pela dor,
pelo amor.

O filho que ainda não é, um dia será!
Ele assim prometeu.
Rogai por eles,
Rogai por nós,
Rogai por mim,
Amém.