LXXXVIII

Tulipas não morrem
com a mesma graça que vivem.
Parece que perdem a dignidade!

Mulheres não vivem
com a mesma valentia que morrem.
Parece que se perdem a procura...

Homens vivem e morrem
frágeis meninos,
desorientados,
sempre tentando provar.
Obedecem.

Que ironia!
A vida é apenas aspirar
e a morte, soltar o ar.

Descansem em paz
homens e mulheres.
Almas não morrem jamais.
Tulipas florescem eternamente.